O Governo elegeu as Redes de Nova Geração (RNGs), leia-se de Fibra Óptica, como prioritárias para o desenvolvimento do país e um dos pilares para o crescimento económico. O investimento que vai ser feito para desenvolver as novas redes de fibra óptica será de mil milhões de euros em 2009. O Governo informou ainda, através do Primeiro-ministro, que os utilizadores de soluções de fibra óptica também terão direito a benefícios fiscais. O Governo tem sido sensível à matéria e assumiu que o objectivo é o de ter um milhão de pessoas ligadas às novas redes até 2010, bem como as escolas secundárias, os centros de saúde e outros serviços públicos. Por outro lado os operadoras nacionais de telecomunicações (Portugal Telecom -PT-, Sonaecom, Vodafone e Zon Multimedia) tem agora á disposição uma nova linha de crédito de 800 milhões de euros criada agora pelo Governo e suportada pelo Banco Europeu de Investimentos (BEI) que será utilizada para o investimento em redes de nova geração que, assentes em fibra óptica, permitem velocidades de acesso à Internet de 100Mbps, superiores às actuais. No entanto o BEI afirma que o financiamento vai depender dos projectos apresentados pelos operadores e pode não estar garantido.
Supõe-se que haja uma partilha da rede entre os diferentes operadores de telecomunicações e que esta será positiva e benéfica para o consumidor. O ponto mais relevante sobre o acordo (ainda não público) feito entre o Governo e as operadoras deverá estar na parte da regulação relativa ao investimento em redes de nova geração assentes em fibra óptica.
Zeinal Bava, presidente executivo da Portugal Telecom, considerou hoje (7/Jan/09) que o protocolo assinado com o Governo é "histórico para o sector e para o país" e afirmou ainda que o acordo "cria condições de igualdade para investir para todos os operadores, ao mesmo tempo que dá margem para cada um escolher o modelo de investimento que quer seguir" e terminou dizendo que "a PT quer investir em fibra e que vai fazê-lo". O Protocolo visa conseguir 1,5 milhões de utilizadores nas redes de nova geração até ao final deste ano é uma meta que José Sócrates classificou de ambiciosa. A Vodafone afinal não vai assinar o acordo entre o Governo e os operadores para investimentos em fibra óptica embora o possa fazer futuramente. Em contrapartida, a ONI entrou já no acordo. Também a Ar Telecom e a Cabovisão estão a estudar a entrada no protocolo assinado que define condições para a criação das infra-estruturas e as medidas de incentivo.
Chama-se Zon Net Wideband e tem um custo mensal de 59,49 euros. Acaba de ser anunciado pela Zon e é o primeiro serviço de acesso à Net de 100Mbps do País. O novo serviço da detentora da TV Cabo tem por base a tecnologia EURODOCSIS 3.0 e uma rede híbrida com troços de cabo coaxial e fibra óptica. Limite de 100 Mbps para download e em upstream a velocidade máxima está fixada em 4 Mbps. Não há limites de tráfego.
Agora a questão que se colocará no futuro será: como potenciar a utilização destas redes? A fibra óptica pode mudar a forma de interacção de empresas e famílias e daria aplicabilidade a novos modelos de funcionamento ao nível do tráfego, gestão urbana, videoconferência, telepresença e mais desmaterialização na relação do cidadão com as instituições (nomeadamente o Estado). Além disso, com as RNG será possível incrementar bastante alguns serviços tecnológicos que já existem em Portugal, como a televisão pela Internet (IPTV). A nível de Internet, um ficheiro de 1 giga passará a ser descarregado em poucos segundos.
Consulte também o blogue http://movimentodossemfibra.org/
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1 comentário:
É muito bom saber que o Governo está a ajudar as operadoras, agora eu queria que isto não deixa-se as vilas e aldeias para trás por não terem retorno de investimento imediato, então aqui fica o que quero e outros querem.
Queremos fibra óptica na Lousã, assinem a petição, visitem, comentem e divulguem o blog:
http://fibraptc.blogspot.com/
É realmente muito importante para nós, queremos igualdade de oportunidades no acesso à Internet.
P.S. - Esta petição destina-se a quem quiser o serviço na zona centro, onde quer que seja, mas principalmente nas vilas e aldeias.
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